5 Perguntas Essenciais Que Parceiros Raramente Fazem Um Ao Outro

Publicado em 14/04/2025 · Categoria: Negócios

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Os relacionamentos prosperam quando ambos os parceiros se comprometem com o crescimento constante e a compreensĂŁo mĂștua. É por isso que grandes relacionamentos sĂŁo esculpidos, nĂŁo apenas encontrados.

Uma pesquisa publicada na Current Directions in Psychological Science explica como o “fenĂŽmeno Michelangelo” Ă© fundamental para estimular o crescimento e a evolução mĂștua nos casais.

Assim como Michelangelo via o potencial dentro de um bloco de mĂĄrmore, nĂłs tambĂ©m devemos descobrir ativamente — em vez de presumir — os pensamentos, sentimentos e sonhos em constante evolução do nosso parceiro. Fazer perguntas intencionais cria uma ligação mais profunda, segurança emocional e um propĂłsito compartilhado.

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Parceria de verdade Ă© enxergar os mesmos objetivos — nĂŁo lutar em lados opostos

Veja cinco perguntas-chave para ajudar vocĂȘ e seu parceiro a crescerem juntos:

1. “Estamos trabalhando juntos para resolver o problema?”

Conflitos sĂŁo inevitĂĄveis, mas a forma como vocĂȘs os enfrentam define a saĂșde do relacionamento. A Teoria da Cooperação e Competição de Morton Deutsch sugere que casais que veem os objetivos como compartilhados (e nĂŁo opostos) tendem a se comunicar melhor e se fortalecer com o tempo.

Quando vocĂȘs operam como uma equipe, Ă© mais provĂĄvel que vejam a alegria do parceiro como a sua prĂłpria. Isso incentiva a celebração mĂștua das conquistas e o enfrentamento dos desafios lado a lado — vendo obstĂĄculos como batalhas compartilhadas, e nĂŁo como fardos individuais. Essa mentalidade fortalece a segurança e o crescimento mĂștuo, tornando cada um investido no florescimento do outro.

Por outro lado, uma mentalidade competitiva pode, inconscientemente, transformar as conquistas do parceiro em ameaças, gerando insegurança em vez de orgulho. As discussĂ”es podem virar disputas de poder ou “placares de acertos”, onde “vencer” importa mais do que resolver. Isso transforma o relacionamento em um campo de batalha sutil (ou evidente), corroendo a confiança e a segurança emocional com o tempo.

2. “VocĂȘ se sente emocionalmente seguro comigo neste momento?”

A segurança emocional Ă© a base de um relacionamento saudĂĄvel. NĂŁo se trata apenas de amor, mas de sentir-se visto, ouvido e respeitado — especialmente durante conversas difĂ­ceis.

Uma pesquisa publicada na Family Process em 2016 mostra que casais que cultivam esse tipo de segurança conseguem romper ciclos negativos e se reconectar com mais facilidade. Terapeutas que utilizam a Terapia Focada nas EmoçÔes (EFT) ajudam os parceiros a construĂ­rem essa segurança ao validar os sentimentos do outro com frases simples como: “Eu vejo o quanto isso te machucou” ou “Parece que vocĂȘ estĂĄ se sentindo sobrecarregado(a)”.

VocĂȘ pode aplicar essas estratĂ©gias fora da terapia tambĂ©m. Tente falar com gentileza e use as palavras do seu parceiro para mostrar compreensĂŁo. Foque em estar presente, ao invĂ©s de reabrir conflitos antigos. No dia a dia, pequenas mudanças — como realmente ouvir ou suavizar o tom — podem fazer grande diferença para que seu parceiro se sinta emocionalmente seguro.

3. “O que mudou para vocĂȘ ultimamente, e como posso estar mais presente?”

O que era importante para seu parceiro hĂĄ um ano pode nĂŁo ser mais agora. Essa pergunta mostra que vocĂȘ estĂĄ atento a quem ele(a) Ă© hoje — nĂŁo quem era no passado — e, mais importante, que vocĂȘ estĂĄ criando espaço para ele(a) crescer e mudar.

Por exemplo, se seu parceiro estĂĄ estressado no trabalho enquanto vocĂȘ estĂĄ em uma fase boa, evite qualquer sinal de superioridade. Em vez disso, pergunte: “Como posso te apoiar melhor?”

Um estudo de 2017 sobre a sensação de ser compreendido em relacionamentos revela que muitas vezes projetamos nossos próprios sentimentos nos outros, presumindo que eles nos veem como nós nos vemos. Achamos que nossos pensamentos são mais óbvios do que realmente são e supomos que nosso parceiro é mais parecido conosco do que de fato é.

Essas suposiçÔes nos levam a superestimar o quanto o parceiro nos entende.

Para evitar isso, pratique a escuta ativa e faça perguntas esclarecedoras como: “O que apoio significa para vocĂȘ agora?” em vez de operar com base em suposiçÔes antigas. Reconheça que as necessidades e perspectivas do outro podem ser diferentes das suas — e evite “ler a mente”. Checagens regulares garantem que vocĂȘ esteja respondendo Ă  pessoa que ele(a) Ă© hoje.

4. “Como o amor se parece para vocĂȘ neste momento?”

No inĂ­cio do relacionamento, o toque fĂ­sico pode ser a linguagem do amor dominante — mĂŁos dadas, abraços, beijos. Mas, conforme a vida avança, nossas necessidades tambĂ©m mudam. Um parceiro lidando com trabalho, filhos e cuidado com familiares pode precisar mais de atos de serviço do que de afeto fĂ­sico. Essa mudança nĂŁo significa amar menos — apenas amar de forma diferente.

Por isso, Ă© importante perguntar com frequĂȘncia: “O que te faz sentir mais amado(a) hoje em dia?”

Um estudo de 2022 publicado na PLOS One descobriu que os parceiros se sentem mais satisfeitos — tanto romĂąntica quanto sexualmente — quando o amor Ă© demonstrado da maneira que preferem recebĂȘ-lo. Curiosamente, nem mesmo pessoas com altos nĂ­veis de empatia acertam isso sempre.

Isso mostra que adivinhar nĂŁo Ă© suficiente, e que as linguagens do amor podem mudar silenciosamente. Às vezes Ă© afeto, outras vezes Ă© espaço, palavras de afirmação ou metas compartilhadas. O “como” do amor precisa estar sempre ativo e ser mĂștuo. E se sua linguagem do amor mudou, nĂŁo deixe seu parceiro adivinhar — comunique. O silĂȘncio sĂł aumenta o distanciamento.

5. “Ainda estamos sonhando juntos ou apenas gerenciando a vida?”

Relacionamentos duradouros podem, aos poucos, entrar no ritmo da rotina — refeiçÔes, tarefas, filhos, contas. Mas sĂŁo os sonhos compartilhados que trazem vida de volta ao relacionamento — uma viagem, um projeto criativo, ou uma nova forma de viver juntos.

VocĂȘs ainda tĂȘm aqueles momentos tranquilos depois do jantar — quando as crianças dormem e Ă© sĂł vocĂȘs dois na varanda, lembrando do começo? VocĂȘs ainda falam sobre o que vem depois, como viajar quando os filhos forem para a faculdade? Os objetivos ainda se cruzam? VocĂȘ ainda sorri quando vĂȘ seu parceiro imaginando um futuro ao seu lado?

Relacionamentos nĂŁo se sustentam apenas em grandes gestos. Às vezes, vocĂȘ sĂł quer um pouco de espaço — e tudo bem. Mas quando a rotina domina e a comunicação esfria, Ă© fĂĄcil começar a se acomodar e esquecer de valorizar o outro. E Ă© aĂ­ que surgem as rachaduras.

De tempos em tempos, Ă© preciso reimaginar a vida a dois como um quebra-cabeça que muda de imagem — e que exige que vocĂȘs rearranjem tudo de novo. Reimaginar o relacionamento em momentos relevantes e com regularidade Ă© uma forma de lembrar que ainda existe, sim, um grande plano que vocĂȘs podem sonhar juntos, dia apĂłs dia.

*Mark Travers Ă© colaborador da Forbes USA. Ele Ă© um psicĂłlogo americano formado pela Cornell University e pela University of Colorado em Boulder.

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