Juízes auxiliares do STF recebem salários acima do teto do funcionalismo público

Publicado em 11/04/2025 · Categoria: Política

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Em fevereiro de 2025, 24 dos 36 juízes auxiliares do Supremo Tribunal Federal (STF) receberam remunerações acima do teto salarial do funcionalismo público, estabelecido em R$ 46.366. Destes, 14 tiveram ganhos superiores a R$ 100 mil.

Um magistrado do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC) destacou-se, ao alcançar R$ 223.543,69, valor composto de indenizações e benefícios, sendo R$ 141.775,20 apenas em indenizações como “licença-acervo” e “licença-prêmio”.

O STF afirmou que a responsabilidade de monitorar o teto salarial é dos tribunais de origem dos magistrados. O Congresso Nacional prioriza a questão dos “supersalários”, buscando regulamentar esses pagamentos.

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que compila os dados salariais, não detalhou os benefícios que compõem esses rendimentos, mas informa que direitos eventuais permitem ultrapassar o teto.

O impacto dos adicionais dos juízes do STF

juízes supersalários
Supersalários são salários pagos a servidores públicos que excedem o teto constitucional | Foto: Freepik

Os juízes convocados para atuar no STF em Brasília recebem adicionais para equiparar seus rendimentos ao subsídio dos ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), atualmente em R$ 44.068.

Além disso, podem acumular auxílios, como moradia, alimentação e saúde, além de gratificações e pagamentos retroativos. Em 2024, as remunerações dos mesmos magistrados variaram de R$ 14.926,56 a R$ 137.064, refletindo a diversidade de benefícios e indenizações.

Por exemplo, um juiz auxiliar do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) recebeu, em fevereiro, R$ 119.154,60, composto de seu salário, de R$ 39.753,20, e “direitos eventuais”, que somaram R$ 88 mil.

A partir de abril, um novo benefício, a “indenização por perdas decorrentes da convocação”, de R$ 10 mil, será incluído nos contracheques, substituindo o pagamento de diárias. Instituído por resolução do presidente do STF, Luís Roberto Barroso, o benefício assegura uniformidade nos valores recebidos, independente da origem dos magistrados.

Propostas para controle dos gastos públicos

O governo, liderado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP), apresentou propostas para controlar os gastos públicos, incluindo o exame das verbas indenizatórias.

Entidades do terceiro setor sugerem que os recursos dos supersalários poderiam ser redirecionados para programas sociais e infraestrutura, como o Bolsa Família e a construção de Unidades Básicas de Saúde.

O STF ressalta que, “na norma, há dispositivo expresso no sentido de que cabe aos tribunais de origem o controle do teto de despesas incluindo a soma dos valores pagos pelo STF”.

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