Bolsonaro recusa anistia para si próprio e quer acelerar proposta para perdoar presos do 8 de janeiro

Publicado em 11/04/2025 · Categoria: Política

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O ex-presidente Jair Bolsonaro decidiu ficar fora da lista de beneficiados pelo projeto que anistia os acusados de envolvimento no 8 de janeiro. Segundo integrantes da oposição, o ex-presidente ligou para os principais articuladores da anistia na Câmara dos Deputados e reforçou a orientação no fim da tarde desta quinta-feira, 10.

O deputado Ubiratan Sanderson (PL-RS), primeiro vice-líder da oposição, foi um dos parlamentares procurados por Bolsonaro.

“O presidente me ligou ontem, ao final da tarde”, disse Ubiratan. “Me consultou tecnicamente. Eu disse que ele deveria estar entre os beneficiados, uma vez que não há provas contra ele e que nenhum crime foi cometido. Mas ele fez uma nova avaliação de que, politicamente, estender o benefício a ele pode atrapalhar.”

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Sanderson disse que a exclusão de Bolsonaro entre os beneficiados do projeto não configura estratégia, mas “decisão política”.

O deputado Maurício Marcon (PL-RS), outro vice-líder da oposição, confirmou a posição de Bolsonaro. Marcon revelou que o ex-presidente tratou do assunto com o chefe da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB).

“Hugo Motta nos confidenciou, que na conversa com Bolsonaro, ficou bem claro. Bolsonaro não quer anistia para ele. Quer para os injustiçados presos do 8 de janeiro.”

Marcon afirmou ainda que a base governista no Congresso tem utilizado o discurso de autoproteção por parte do ex-presidente para tentar descredibilizar a proposta.

“Quem usa como argumento que Bolsonaro quer se beneficiar com isso é leviano”, disse Marcon. “É uma narrativa que não se sustenta.”

Conversa com o relator

O deputado Rodrigo Valadares (União-SE), relator da proposta, foi o primeiro a declarar que Bolsonaro pediu formalmente para ser excluído da anistia. Segundo Valadares, o ex-presidente o procurou diretamente desde que ele assumiu a relatoria da matéria.

Interlocutores da oposição afirmam que Bolsonaro recuou da exclusão sob influência de aliados, mas agora prefere permanecer fora da proposta para acelerar sua tramitação.

O projeto tramita na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. De acordo com a base lulista do Congresso, o trecho que sugere perdão a Bolsonaro, na redação original, mencionava o perdão a eventuais autores intelectuais, patrocinadores e incentivadores do 8 de janeiro.

Leia também: “A lei morreu”, artigo de J. R. Guzzo publicado na Edição 258 da Revista Oeste 

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