Trump avalia taxar importação de minerais críticos da China

Publicado em 16/04/2025 · Categoria: Política

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O presidente dos EUA, Donald Trump (Partido Republicano), determinou que seja feita uma análise a respeito de potenciais tarifas sobre a importação de minerais considerados críticos. Segundo o Serviço de Geologia do país, 30 dos 50 itens desse grupo que são essenciais para a economia norte-americana são produzidos na China.

Segundo a agência Reuters, especialistas já alertavam sobre a grande dependência que o país tem dos produtos chineses. No pedido, Trump afirmou que esse fato “apresenta risco para a segurança nacional, prontidão de defesa, estabilidade de preços, prosperidade econômica e resiliência”. O responsável pela análise, que terá prazo de 180 dias, será o secretário de Comércio norte-americano, Howard Lutnick.

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A investigação vai avaliar as vulnerabilidades que os EUA têm em relação ao processamento dos minerais críticos, como níquel, cobre e urânio, e determinará como fatores externos podem distorcer o mercado e os passos a serem tomados para impulsionar o processamento doméstico.

Atualmente, os Estados Unidos têm uma mina de níquel, mas nenhuma indústria capaz de fundir o material, extraem e processam quantidades escassas de lítio e não têm mina ou refinaria de cobalto. Apesar do grande número de minas de cobre, não há maquinário para fundição no país. Por isso, dependem de outras nações para processar o mineral.

A implementação de tarifas sobre os produtos chineses pode fazer com que outros países se abram para negociações envolvendo processamento, refino e até extração e exportação do material aos EUA.

A produtora de minerais raros australiana ASM (Australian Strategic Material), recebe financiamento do governo norte-americano e se disponibilizaria a criar uma cadeia logística no país. “Particularmente no ambiente atual em que o fornecimento de minerais preciosos é dominado por um país”, disse a CEO da companhia, Rowena Smith.

Smith afirmou, ainda, que a empresa poderia incentivar a capacidade doméstica de processamento de minerais, substituindo plantas sul-coreanas no país por australianas.

Tania Constable, CEO do Conselho de Minerais da Austrália, também abriu as portas para uma parceria do país com os EUA. Reforçou os laços comerciais já existentes e afirmou que “a investigação apresenta uma oportunidade” para reforçar ainda mais tal relação.

“Não podemos ser complacentes. A Austrália deve negociar uma estrutura que entregue benefícios mútuos tanto para fornecedores australianos quanto para indústrias dos EUA, enquanto continua elaborando e estreitando parcerias estratégicas com outras nações que tenham a mesma linha de pensamento”, disse Constable.

A análise da possível tarifa sobre minerais críticos faz parte da estratégia de Trump para incentivar a indústria doméstica. Em março, o republicano determinou que agências norte-americanas elaborassem uma lista de minas que poderiam ser rapidamente aprovadas e terras federais que poderiam ser utilizadas para processamento de minerais. Ainda assim, a construção de tais estruturas demoraria anos, o que criou uma preocupação a respeito das possíveis tarifas sobre os minerais críticos.

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