Casa Branca: Trump considera demitir presidente do Federal Reserve
Publicado em 18/04/2025 · Categoria: Negócios
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e sua equipe consideram a possibilidade de demitir o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, disse o principal assessor econômico da Casa Branca nesta sexta-feira (18).
“O presidente e sua equipe continuarão analisando o assunto”, disse o diretor do Conselho Econômico Nacional, Kevin Hassett, a repórteres quando questionado sobre a possibilidade de demitir Powell, um dia após Trump atacar o chefe do banco central americano.
Críticas públicas e pressão política sobre Powell
Na quinta-feira, Trump fez duras críticas a Powell, afirmando que o presidente do Fed estava sempre “atrasado e errado” — e sugeriu ter poder para demiti-lo —, mas evitou responder diretamente se pretendia remover Powell antes do fim de seu mandato, previsto para maio de 2026. Em dezembro, o presidente dos EUA disse à NBC News que não pretendia destituir Powell antes dessa data.
O presidente americano também afirmou que o presidente do BC deveria cortar a taxa de juros já que os “EUA estão enriquecendo com as tarifas”.
“Não estou satisfeito com ele. Deixei isso claro. E, oh, se eu quiser tirá-lo, ele sai rapidinho, acredite”, disse Trump a repórteres durante uma reunião com a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni.
Implicações legais e possível disputa judicial
A possibilidade de Trump tentar demitir Powell antes do fim de seu mandato provavelmente seria contestada até chegar à Suprema Corte dos EUA. A lei de 1913 que instituiu o Federal Reserve determina que os líderes do BC americano só podem ser demitidos “por justa causa”. O próprio Powell já afirmou que sua demissão não seria “permitida pela lei”.
Inflação elevada adia corte de juros
Na véspera, Powell divulgou números que projetavam alta da inflação e indicou que o Fed poderia manter os juros altos para controlá-la, mesmo diante dos riscos de uma recessão. Ou seja, um movimento de redução de juros deve ser adiado.
Os integrantes do Fed cortaram os juros três vezes consecutivas no fim de 2024, mas começaram 2025, quando Trump voltou ao comando do país, sinalizando uma abordagem mais paciente diante da inflação persistente.
Muitos da cúpula da instituição destacaram a necessidade de minimizar o risco de que as tarifas levem a um aumento contínuo da inflação e das expectativas de longo prazo dos americanos sobre o crescimento dos preços.
