Conheça a Investidora Que Apostou Milhões em ‘Empreendedores Perigosos’
Publicado em 20/04/2025 · Categoria: Negócios

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“Isso é uma porcaria.”
Promise Phelon ainda se lembra do impacto dessas palavras. Ela havia passado inúmeras noites e longas horas aperfeiçoando sua preparação, apenas para ser derrubada na frente da sala. Na época, ela era uma executiva em ascensão na gigante de software BEA Systems, e estava diante dos principais executivos da empresa, apresentando um PowerPoint no qual havia se dedicado tanto. Foi quando veio a surpresa: o presidente de uma divisão perguntou a ela quem eram os clientes mais lucrativos da empresa. Phelon não tinha a resposta e, naquele momento, aprendeu uma lição dura, mas valiosa, sobre responsabilidade.
“O que aprendi com essa experiência”, conta Phelon à Forbes, “é que a rejeição, alguém gritar com você, alguém ficar insatisfeito faz parte desse processo.” Phelon eventualmente identificou os clientes lucrativos da BEA e a empresa foi vendida para a Oracle em 2008 por US$ 8,5 bilhões (R$ 49,2 bilhões).
Hoje, aos 49 anos, ela é fundadora e sócia-gerente da Growth Warrior Capital, uma empresa de venture capital baseada na mesma abordagem prática que um dia a derrubou. Só que agora ela usa essa abordagem para apoiar empreendedores subrepresentados, como mulheres, pessoas negras, amarelas ou LGBTQIAPN+. Em fevereiro, a Growth Warrior fechou seu primeiro fundo de US$ 26 milhões (R$ 153,4 milhões). Entre os investidores estão o Bank of America, a Pivotal Ventures (fundada por Melinda French Gates) e a George Kaiser Family Foundation, além dos individuais Seth Levine e Brad Feld, cofundadores da empresa de investimentos Foundry.
Aposta em experiência e pouco glamour
Phelon fundou a Growth Warrior em 2020, em Charlotte, Carolina do Norte, com a missão de apoiar empreendedores ousados e negligenciados. A companhia investe até US$ 3 milhões (R$ 17,67 milhões) e já tem um portfólio de 11 empresas. Entre elas: a Capitan, uma plataforma de IA para apólices de seguros que levantou US$ 104 milhões (R$ 611,6 milhões), e a ForceMetrics, uma plataforma de IA para primeiros socorros. Com o capital restante, a Growth Warrior vai focar em startups com recursos de IA para trabalhos industriais, incluindo manufatura, mineração, encanamento e reciclagem. Phelon chama os empreendedores de “fundadores perigosos” – operadores experientes com décadas de vivência em trabalhos que não são glamorosos.
“Eles são ótimos em fazer mais com menos”, diz Phelon. “Você não espera que eles sejam perigosos. Eles aprendem muito e aprendem rápido.” Phelon discutiu a Growth Warrior Capital e sua visão no The Enterprise Zone, um novo programa de negócios no formato de revista desenvolvido pela Forbes.
O mercado de software de inteligência artificial generativa (Gen AI) está avaliado em US$ 150 bilhões (R$ 883,5 bilhões), de acordo com o Goldman Sachs. Para entender como os investidores analisam o setor, é preciso considerá-lo em camadas. A base é a fundação: os grandes modelos de linguagem (LLM). Entre essas empresas estão a OpenAI, Anthropic, xAI e a DeepSeek. A camada do meio é a conectividade, ou seja, as empresas que estão descobrindo como conectar grandes volumes de dados aos LLMs. No topo, estão os aplicativos como a ForceMetrics, que aproveitam as camadas abaixo. “Essa é a maior parte do mercado potencial,” diz Levine ao falar sobre seu investimento na Growth Warrior. “É aí que ela (Phelon) está investindo.”
Quem é Promise Phelon
Filha de um fuzileiro naval dos EUA e de uma golfista profissional, Phelon cresceu em The Colony, Texas, uma pequena cidade nos arredores de Dallas. Aos cinco anos, abandonou o sonho de se tornar médica, após descobrir a palavra empreendedor, principalmente graças ao seu tio. “Ele basicamente disse: ‘é uma pessoa que encontra uma solução para qualquer problema’,” conta Phelon. “Eu pensei, quero ser essa pessoa.” Ela então passou horas pensando em ideias de negócios. “Desde montar uma barraca de limonada até aprender a como fazer pizza e vendê-la. Eu fiz tudo isso”, lembra.
O espírito empreendedor de Phelon se intensificou na Southern Methodist University, onde ela fez uma tripla graduação em química, estudos religiosos e marketing. Como estudante, Phelon iniciou um negócio escrevendo comunicados de imprensa para médicos – um trabalho paralelo que gerou uma receita de US$ 600 mil (R$ 3,5 milhões), segundo um perfil da Forbes de 2012. Após obter um MBA na Pepperdine University, Phelon voltou para a BEA para absorver mais conhecimento corporativo. Em 2015, ela alcançou o cargo de CEO, liderando a empresa de influenciadores digitais TapInfluence, que foi vendida para a IZEA Worldwide, listada na Nasdaq, em 2018 por US$ 7,6 milhões (R$ 44,7 milhões).
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