Morte do Papa Francisco: o que se sabe do funeral à escolha do novo líder da Igreja Católica

Publicado em 21/04/2025 · Categoria: Negócios

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O Papa Francisco morreu na madrugada desta segunda-feira, 21, aos 88 anos. O falecimento do pontífice coloca a Igreja Católica em um período conhecido como Sé Vacante, de preparativos para as cerimônias funerárias e convocação do conclave para a escolha do novo líder do Vaticano.

Reunimos as principais informações sobre o estado de saúde de Francisco antes da morte, os detalhes das cerimônias fúnebres e os próximos passos do Vaticano para a escolha de seu sucessor.

Veja tudo o que se sabe sobre a morte do Papa Francisco

Que horas o Papa Francisco morreu?

O Vaticano informou que Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco, morreu aos 88 anos às 2h35 pelo horário de Brasília, 7h35 pelo horário local. 

Papa Francisco morreu de que?

A causa da morte do pontífice não foi divulgada oficialmente pelo Vaticano. No comunicado do falecimento feito pelo Cardeal Kevin Joseph Farrell, Camerlengo da Santa Igreja Romana, ele apenas ressaltou a trajetória do pontífice. Segundo a Sala de Imprensa do Vaticano, o Papa morreu em seu apartamento na Casa Santa Marta.

Segundo o jornal italiano Corriere della Sera, a causa da morte de Francisco teria sido um acidente vascular cerebral. A Santa Sé informou que a causa do falecimento será divulgada nas próximas horas, após o atestado oficial de óbito, previsto para 18h no horário local (15h de Brasília).

O que acontece com os pertences do Papa Francisco após sua morte?

Após a partida do Papa, diversos ritos começam a ser realizados pela Igreja Católica. O apartamento do Papa é desocupado e lacrado com lacre de cera, até a escolha de seu sucessor. O Anel do Pescador — símbolo do poder papal recebido ao subir ao Trono de Pedro — é destruído, num sinal de que o reinado foi concluído. O camerlengo, cargo atualmente ocupado pelo cardeal Kevin Joseph Farrell, também é o encarregado dessa função.

Como foi a última aparição do Papa Francisco?

A última aparição pública do pontífice ocorreu horas antes de seu falecimento, durante a celebração de Páscoa no Vaticano.

Francisco permaneceu por cerca de 20 minutos na sacada da Basílica de São Pedro, acenou para fiéis e desejou “Boa Páscoa”. A participação do Papa argentino era incerta até as primeiras horas de domingo.

“Caros irmãos e irmãs, Boa Páscoa”, disse Francisco, antes da leitura do discurso por seu mestre de cerimônias.

No texto, o papa reiterou temas centrais de seu pontificado: o desarmamento global, a crítica à repressão política e a defesa das liberdades fundamentais.

Quem foi a última autoridade a visitar Papa Francisco?

No último domingo, Francisco recebeu o vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, em um breve encontro na Casa Santa Marta. A visita, marcada por cordialidade, ocorreu dois meses após críticas do Pontífice à política migratória do governo Trump. Francisco presenteou Vance com rosários, uma gravata com o brasão do Vaticano e ovos de chocolate para seus filhos.

Durante a visita, temas como a liberdade religiosa, a perseguição aos cristãos e a crise migratória global foram discutidos. Embora divergentes em temas políticos, o Papa e o vice americano reforçaram o compromisso com o diálogo inter-religioso e a dignidade humana.

Qual foi o último gesto pastoral do Papa Francisco?

Seu último gesto pastoral foi a visita a uma prisão em Roma, na Quinta-feira Santa, quando se encontrou com cerca de 70 detentos. Foi o único compromisso oficial mantido durante a Semana Santa, já que sua saúde o impediu de participar da tradicional Via Sacra no Coliseu e da Vigília Pascal.

Como será o funeral do Papa Francisco?

As cerimônias fúnebres do Papa Francisco terão início nesta segunda-feira, 21, com uma série de ritos definidos pela Santa Sé. Francisco será sepultado na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma, e não na Basílica de São Pedro, como é tradicional para pontífices. A última vez que isso ocorreu foi em 1903, com o enterro do Papa Leão XIII.

Francisco mudou as tradições relacionadas ao funeral de um Papa. As mudanças foram publicadas em uma nova edição do Ordo Exsequiarum Romani Pontificis, o guia cerimonial dos rituais. As três “estações”, que são os passos da constatação da morte até o sepultamento do Pontífice, permaneceram inalteradas.

Primeiro, o corpo será preparado e velado em caixão aberto de madeira e zinco. Em seguida, haverá uma procissão entre a Capela de Santa Marta e a Basílica de São João de Latrão. Por fim, o sepultamento ocorrerá na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma

O que acontece após a morte do Papa?

Com a morte do papa Francisco, a Igreja Católica entra em um período conhecido como Sé Vacante, de preparativos para as cerimônias funerárias e convocação do conclave para a escolha do novo líder do Vaticano.

Atualmente, 138 cardeais com menos de 80 anos podem participar da eleição, votar e serem eleitos. Desse total, sete são brasileiros.

O que é e como funciona o conclave?

​O conclave é o processo reservado para a eleição de um novo papa, conduzido pelo Colégio de Cardeais da Igreja Católica. O termo deriva do latim cum clave, que significa “com chave” ou “fechado”, que reflete o caráter sigiloso da assembleia. Durante o conclave, os cardeais reúnem-se na Capela Sistina, no Vaticano. Eles permanecem isolados do mundo exterior até que um novo pontífice seja escolhido.

Durante a eleição, os cardeais devem jurar, um a um, que respeitarão o sigilo do voto e aceitarão o resultado. Além disso, comprometem-se a garantir que o eleito reivindicará integralmente os direitos do Pontífice romano.

Caso os cardeais não elejam o novo Papa durante três dias de votações, estas serão suspensas durante um dia para uma pausa de oração, de livre colóquio entre os votantes e de uma breve exortação espiritual,

Quem será o novo Papa?

O sucessor de Francisco será eleito pelo Colégio Cardinalício, formado por cardeais de diferentes países. Ao todo, 138 cardeais com menos de 80 anos têm direito a voto e também podem ser eleitos no conclave. Entre eles, estão sete brasileiros.

Segundo especialistas no Vaticano, 14 nomes estão como cotados para assumirem o posto de próximo Papa. Entre eles estão três italianos, três americanos e dois brasileiros.

O próximo Papa pode ser brasileiro?

Os sete cardeais brasileiros que podem participar do próximo conclave, dois têm chances maiores de serem eleitos, segundo os analistas do Vaticano. São eles Dom Sérgio da Rocha e Dom Leonardo Ulrich Steiner. Entenda quem são eles.

Com morte do Papa, como fica liderança da Igreja Católica?

A morte do Papa Francisco deixa a Igreja Católica sem um líder oficial. Após sua partida, inicia-se o período conhecido como Sé Vacante, que termina quando um novo Pontífice é eleito pelo Colégio de Cardeais, o conclave.

A Sé Vacante deve durar no mínimo 15 dias e no máximo 20, em caso de necessidade. O prazo é estipulado para que os cardeais que vivem em diversas partes do mundo possam se deslocar a Roma para participar do conclave.

A Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis fica responsável pelas normas e orientações para este momento. A função fica a cargo também do Camerlengo, que tem papéis essenciais dentro da Igreja, como a organização do funeral do Pontífice e a condução do conclave.

Tradicionalmente, o Camerlengo assume a administração dos assuntos correntes do Vaticano em três situações: durante viagens ou internações papais, ou após a morte de um Pontífice. Paralelamente, os cardeais são convocados para as reuniões pré-conclave, que definem as datas e todos os detalhes do processo. Giovanni Battista Re, atual decano do Colegiado de Cardeais, preside as reuniões.

A linha do tempo de internação do Papa Francisco até o falecimento

Veja a linha do tempo da internação de Francisco até o seu falecimento:

Internação no hospital Gemelli

  • 14 de fevereiroPapa é internado no hospital Gemelli para exames e tratamento de bronquite. Diagnóstico inicial aponta infecção respiratória e febre leve.
  • 17 de fevereiro – Exames indicam infecção polimicrobiana no trato respiratório. Vaticano informa necessidade de hospitalização prolongada.
  • 18 de fevereiroQuadro evolui para pneumonia bilateral. Terapia medicamentosa é intensificada.
  • 19 de fevereiro – Papa apresenta leve melhora, mas permanece estável.
  • 21 de fevereiro – Médico responsável diz que o papa ainda “não está fora de perigo”.
  • 22 de fevereiro – Situação se agrava: Francisco sofre crise asmática prolongada, precisa de oxigênio de alto fluxo e transfusões devido a trombocitopenia e anemia.
  • 23 a 28 de fevereiro – Estado continua crítico com episódios de insuficiência renal leve e broncoespasmo. Aos poucos, Francisco responde ao tratamento.
  • 1º a 4 de março – Papa alterna ventilação mecânica e oxigenação nasal. Crises respiratórias são controladas com fisioterapia.
  • 11 de março – Radiografia confirma melhora no quadro pulmonar.
  • 16 a 21 de março – Vaticano divulga primeira imagem do papa. Ele aparece celebrando missa. Ventilação é suspensa gradualmente.
  • 23 de marçoPapa recebe alta médica e aparece na janela do hospital para saudar os fiéis.

Após a alta: aparições e últimos compromissos

  • 7 de abril – Retorna à Praça de São Pedro, em cadeira de rodas e com oxigênio nasal, durante missa do Jubileu dos Enfermos.
  • 9 de abril – Recebe os reis do Reino Unido, Carlos III e Camila.
  • 10 de abril – Visita a Basílica de São Pedro para orar diante da tumba de Pio X.
  • 13 de abril – Acompanha o Domingo de Ramos, sem oxigênio nasal, e saúda fiéis.
  • 15 de abril – Delegação de ritos da Semana Santa a dois cardeais.
  • 16 de abril – Agradece pessoalmente os profissionais de saúde que o trataram.
  • 17 a 20 de abril – Participa de forma simbólica dos ritos da Semana Santa. No Domingo de Páscoa, concede a bênção Urbi et Orbi e condena a “corrida armamentista”. Encontra-se com o vice-presidente dos EUA, JD Vance.

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