Aprovação de Tarcísio segue estável, mas reprovação dobra em dois anos, diz Datafolha
Publicado em 10/04/2025 · Categoria: Economia

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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), mantém um nível estável de aprovação entre os eleitores paulistas, porém sua reprovação dobrou desde o início do mandato. É o que revela a mais recente pesquisa Datafolha, realizada entre os dias 1º e 3 de abril.
De acordo com o levantamento, 41% dos entrevistados classificam a gestão de Tarcísio como ótima ou boa, 33% como regular e 22% como ruim ou péssima. Outros 4% não souberam responder. A pesquisa foi realizada com 1.500 pessoas em 81 municípios do estado e apresenta margem de erro de três pontos percentuais.

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Comparado ao levantamento anterior, realizado em abril de 2023, a aprovação de Tarcísio permanece estável, passando de 44% para os atuais 41%. No entanto, a reprovação dobrou, subindo de 11% para 22%. Já a avaliação como regular caiu de 39% para 33%.
O aumento da rejeição ao governador ocorre em meio ao maior engajamento de Tarcísio na agenda de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023, proposta liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de quem Tarcísio é considerado afilhado político. Apesar de negar interesse em disputar a Presidência da República, o governador é apontado como o principal nome da direita para 2026, especialmente diante da inelegibilidade de Bolsonaro.
Apesar do crescimento na reprovação, Tarcísio ainda apresenta um desempenho superior ao do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em nível nacional. De acordo com o mesmo instituto, 38% dos brasileiros consideram a gestão petista ruim ou péssima, enquanto 29% a avaliam como ótima ou boa.
Por outro lado, o desempenho de Tarcísio é inferior ao de seus antecessores em períodos semelhantes. Em 2013, Geraldo Alckmin (à época no PSDB) registrava 52% de aprovação e 15% de reprovação. Já em 2009, José Serra (PSDB) apresentava 53% de aprovação e apenas 11% de reprovação.
Regionalmente, a avaliação do governo Tarcísio apresenta variações significativas. Na região metropolitana de São Paulo, 28% dos entrevistados classificam a gestão como ruim ou péssima, enquanto no interior esse índice é de 16%. Já a aprovação alcança 33% na Grande São Paulo e 48% nas demais cidades do estado.
Entre os principais feitos do governo Tarcísio estão a retomada de obras importantes, como a linha 17-Ouro do metrô e o trecho norte do Rodoanel, além da privatização da Sabesp. No entanto, crises na segurança pública, incluindo a exposição de casos de violência policial, afetaram negativamente a imagem da gestão. Tarcísio chegou a admitir erro ao se posicionar contra o uso de câmeras corporais nas fardas da Polícia Militar.
Entre os eleitores que se declaram petistas, há um empate técnico na avaliação do governador: 36% aprovam sua gestão, enquanto 27% a reprovam, e 34% consideram regular. A margem de erro para esse grupo é de cinco pontos percentuais.
No recorte por perfil, a aprovação do governador é maior entre homens (66%) do que entre mulheres (56%) e cresce entre os mais velhos, atingindo 74% entre os entrevistados com mais de 60 anos. Entre os evangélicos, um grupo tradicionalmente alinhado ao bolsonarismo, a aprovação chega a 71%.
Entre os eleitores com ensino superior, a avaliação é mais equilibrada: 53% aprovam a gestão de Tarcísio, enquanto 44% desaprovam. Já entre aqueles com apenas ensino fundamental, a aprovação sobe para 66%.
Quando questionados sobre o desempenho pessoal do governador, 61% dos entrevistados afirmaram aprovar o trabalho de Tarcísio, enquanto 33% desaprovam e 6% não souberam opinar.
Com participação ativa em atos pró-anistia ao lado de Bolsonaro, Tarcísio busca equilibrar sua imagem entre a fidelidade à base bolsonarista e a necessidade de manter um apoio mais amplo no maior colégio eleitoral do país. A estabilidade na aprovação, combinada com o aumento da rejeição, evidencia os desafios que o governador deverá enfrentar tanto na busca pela reeleição em 2026 quanto em um possível projeto nacional.
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