Carrefour: Após Península, GIC vende R$ 425 milhões em block trade pré deslistagem

Publicado em 17/04/2025 · Categoria: Negócios

📰 Nota: Este conteúdo foi republicado automaticamente de exame.com. Confira o original em: clique aqui.


Às vésperas de uma assembleia que vai decidir sobre a saída do Carrefour Brasil da bolsa, o GIC, do fundo soberano de Cingapura, vendeu a fatia de 2,4% que tinha na companhia por R$ 425 milhões.

A operação foi feita por meio de um block trade realizado ontem no fim do pregão, praticamente junto com o leilão de fechamento.

O movimento vem logo depois de a Península, da família Diniz e que fazia parte do acordo de acionistas, ter vendido toda sua participação remanescente 4,9% na companhia ao longo das últimas semanas.

As operações mostram o apetite dos investidores de arbitragem de risco, que ganham com a pequena diferença entre o preço de tela e aquele proposto para o fechamento de capital.

E são um sinal de deslistagem deve sair no novo preço proposto pelo Carrefour França.

Há duas semanas, o controlador aumentou sua oferta para tirar o Atacadão da bolsa de R$ 7,70 para R$ 8,50 por ação — além de uma proposta de conversão em ações pela matriz.

O preço ainda não agrada uma série de minoritários, especialmente estrangeiros, que vem questionando todo o processo, desde o valor oferecido, considerado muito baixo, até a governança.

Questões como a falta de independência do comitê que está avaliando a operação dentro do Carrefour Brasil tem sido apontadas por minoritários descontentes — e inclusive pelas consultorias de votos ISS e Glass Lewis, que recomendaram que os acionistas não aceitassem a proposta inicial.

Agora, no mercado, a avaliação é que, ao novo preço, boa parte dos acionistas jogou a toalha.

Na primeira proposta, a Península tinha acordado em trocar seus papéis por participação no Carrefour França, mas mudou de ideia depois da segunda oferta e da valorização dos papéis da operação brasileira que seguiram a mudança do valor da oferta.

A fatia do GIC estava dentro de um fundo de participações administrado pela Península e que foi apartado há pouco mais de duas semanas — agora, está claro o porquê.

O block trade saiu a R$ 8,38 por ação, um pequeno prêmio de 1% em relação ao início do leilão. A transação representa cerca de duas vezes o volume médio de negociação dos últimos 30 dias.

A operação foi conduzida pelo BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da Exame).

A assembleia que vai decidir sobre a nova proposta do Carrefour França está agendada para o próximo dia 25.

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