Como a Boeing (BA) pode explicar a crise tarifária entre EUA e China
Publicado em 18/04/2025 · Categoria: Negócios
📰 Nota: Este conteúdo foi republicado automaticamente de exame.com. Confira o original em: clique aqui.
A Boeing (BA) enfrenta novas questões sobre o impacto das tarifas dos EUA à China. Essa discussão ganhou força principalmente para tratar do destino de jatos que estão em uma fábrica perto de Xangai. Nesta semana
De acordo com a Reuters, foi relatado que a fabricante de aviões enfrentaria uma proibição chinesa de importações, em mais um capítulo da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo. A Embraer poderia até se beneficiar desse cenário, mas conseguiria ganhar em terreno em áreas mais específicos, como apontou o BTG (do mesmo grupo controlado da EXAME)
Em um sinal de que a Boeing estava operando “normalmente”, sem qualquer temor a respeito de uma possível disputa tarifária entre EUA e China, dados de rastreamento mostraram quatro novos aviões 737 MAX parados em um centro de conclusão e entrega em Zhoushan, onde a Boeing instala interiores e faz pinturas antes de entregar as aeronaves a clientes na China. Três chegaram em março e um chegou na semana passada em Seattle, de acordo com o Flightradar24.
No entanto, a publicação de aviação The Air Current informou nesta quinta-feira que o primeiro de três desses aviões foi marcado para ser recolhido aos Estados Unidos sem entrega.
Tensões antigas
A Boeing inaugurou a fábrica em Zhoushan, perto de Xangai, em 2018, num momento de aumento das tensões comerciais entre Washington e Pequim durante a primeira presidência de Trump (2016-2020).
Embora a Boeing não tenha seguido a europeia Airbus ao montar aviões completos na China, analistas ouvidos pela Reuters disseram que o objetivo era construir uma liderança em um dos maiores mercados do mundo.
Vale registrar que ainda não houve uma confirmação oficial de uma proibição formal de entregas da Boeing, como relatou a Bloomberg no início da semana.
Fabricantes de aeronaves, companhias aéreas e fornecedores já estão revisando contratos depois que Reuters informou que a norte-americana Howmet Aerospace começou um debate sobre o custo das tarifas, citando um “evento de força maior”.
Algumas companhias aéreas já começam a sinalizar que poderiam adiar entregas em vez de pagar taxas salgadas.
Mercado da China
A Boeing tem um mercado importante na China – 25% de suas entregas vão para lá, mas a proporção vem caindo devido a tensões comerciais anteriores, problemas de segurança em aeronaves e ainda o impacto da pandemia.
A Boeing afirma que a China mais que dobrará sua frota até 2043, com o país prestes a ultrapassar os EUA em termos de tráfego aéreo.
Nos últimos seis meses, a ação da companhia aérea se valorizou 4,24%.
