Crise no INSS: Folha e Estadão unem críticas à falta de ação de Lula

Em editoriais publicados nesta quinta-feira, 24, e sexta-feira, 25, os jornais Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo abordaram de forma semelhante o atual cenário político e as falhas do governo federal, com foco no escândalo que envolveu o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Ambos os textos destacam as consequências da megaoperação deflagrada pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU). A investigação revelou um esquema de descontos fraudulentos em aposentadorias e pensões. A operação, que derrubou parte da cúpula do INSS, foi vista como mais um episódio a adicionar constrangimento ao governo Lula, e trouxe à tona a negligência das autoridades diante dos desvios de recursos.

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O editorial do Estadão foca diretamente na responsabilidade do ministro da Previdência, Carlos Lupi, que, apesar das evidências, continua no cargo. A crítica é incisiva ao afirmar que “quem deveria ter sido demitido, sem delongas, era o ministro Carlos Lupi, da Previdência Social”.

“É inacreditável que um esquema como esse tenha durado tanto tempo, o que torna insustentável não apenas a permanência de Stefanutto no cargo, mas a de Carlos Lupi à frente do Ministério da Previdência.”

A publicação também ressalta o histórico de Lupi em casos de corrupção e sua falha em coibir as fraudes, e aponta que “não se deve esperar que o ministro tenha o bom senso de sair do Ministério por iniciativa própria para poupar o governo de mais um vexame”.

Falhas institucionais e falta de fiscalização causou caso no INSS

De maneira semelhante, o editorial da Folha de S.Paulo adota um tom crítico em relação ao governo Lula. Para o jornal, o escândalo é um reflexo das falhas institucionais e da falta de fiscalização do INSS, cujo sistema de convênios com associações de aposentados se revelou um terreno fértil para corrupção. O texto chama o escândalo de “roubo consignado”.

“Não há notícia de que a Previdência tenha procedido a uma intervenção saneadora, que apenas ocorreu depois da operação policial”, disse a Folha. “É um escândalo de incompetência e desleixo.”

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