Diálogos de conta atribuída à mulher de Cid enfraquecem narrativa de que o 8/1 foi ‘golpe’
Publicado em 17/06/2025 · Categoria: Política
Diálogos entre o advogado Eduardo Kuntz, que atua na defesa do réu Marcelo Câmara, e um perfil no Instagram atribuído à mulher do tenente-coronel Mauro Cid, Gabriela, enfraquecem a narrativa segundo a qual o 8 de janeiro foi tentativa de golpe de Estado.
Oeste teve acesso às mensagens. Na conversa, Kuntz interpela a conta que estaria sendo usada pelo próprio Cid, apesar da proibição de usar redes sociais, sobre o protesto.
“Mas havia Forças Especiais (FE) no dia quebrando coisas. Né?”, interpela o advogado. “Vários infiltrados. Ou não?”. No contexto militar, as FE são os “kids pretos”, as unidades de elite do Exército altamente treinadas e especializadas em operações de alto risco e complexidade.
O perfil responde: “FE? Nada. Duvido. Aquelas ‘táticas’ não têm nada de FE. Usar gradil como escada. Isso é coisa de CUT, MST. Se as FE quisessem ter dado um golpe, teria acontecido. Teria uma linha de quebradeiras. Teria uma linha armada. Outra teria tomado a CNN e as principais rádios. Teria um manifesto. Simultaneamente, vários ministros seriam presos. Alguém teria que tomar a liderança e proclamar algo. As polícias militares estariam todas cooptadas. As principais rodovias seriam fechadas. Estada todo mundo de férias.”
‘Presidente não ia dar golpe nenhum’, diz suposta mensagem de Mauro Cid

Ainda nas conversas com Kuntz, o perfil mostra que o então presidente Jair Bolsonaro não tinha a intenção de provocar uma ruptura institucional.
Kuntz faz uma interpelação a respeito de uma oitiva com Moraes em novembro de 2024 para sanar contradições em virtude de áudios vazados pela revista Veja.
Na sessão, Cid teria sido ameaçado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
“O mais foda é sentir que estou ferrando todo mundo”, disse a conta. “Fruto de uma perseguição que eu não tive maldade que iria acontecer. E eu fui bem claro lá. O presidente não iria dar golpe nenhum. Ele estava mal. Ele queria encontrar uma fraude nas urnas, de forma oficial pelo partido.”
Leia também: “Morre um golpe”, artigo publicado na Edição 273 da Revista Oeste
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