Ex-presidente Fernando Collor, 75 anos, é preso por corrupção
Publicado em 25/04/2025 · Categoria: Política
O ex-presidente da república Fernando Collor de Mello, de 75 anos, foi preso na madrugada desta 6ª feira (25.abr) em Maceió (AL). Ele foi condenado a 8 anos e 10 meses de reclusão pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa e teve a prisão decretada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes na 5ª feira (24.abr).
Ao jornal O Globo, os advogados de Collor disseram que ele foi preso por volta das 4h da manhã. Ele estava indo para Brasília para se apresentar à Justiça de forma espontânea no momento da prisão.
“O ex-presidente Fernando Collor de Mello encontra-se custodiado, no momento, na Superintendência da Polícia Federal na capital alagoana. São estas as informações que temos até o momento”, informou o advogado Marcelo Bessa.
No despacho em que determinou a prisão de Collor, Moraes também rejeitou o último recurso apresentado pela defesa de Collor, que tentava reduzir a pena com base na divergência entre os votos dos ministros. Leia a íntegra (PDF – 427 KB)
Os advogados buscavam que prevalecesse a pena menor de 4 anos, defendida pelos ministros André Mendonça, Nunes Marques, Dias Toffoli e Gilmar Mendes. Segundo Moraes, no entanto, o recurso apenas repetia argumentos já rejeitados, caracterizando tentativa de atrasar o cumprimento da pena.
“O embargante apenas reitera argumentos já enfrentados tanto no acórdão condenatório quanto no acórdão que decidiu os primeiros embargos de declaração, o que evidencia intenção procrastinatória na oposição do presente recurso”, escreveu o ministro.
Moraes também afirmou que o STF tem entendimento consolidado de que divergência em votos não autoriza embargos infringentes nesse tipo de ação penal.
CONDENAÇÃO
O ex-presidente Fernando Collor, 75 anos, foi condenado em 2023 por corrupção em um processo que derivou da operação Lava Jato. Ele foi denunciado em 2015 pela PGR (Procuradoria Geral da República) ao STF, que iniciou uma ação penal contra o então senador por Alagoas. Collor deixou o congresso em 2022, quando não foi eleito.
O pedido de prisão ocorre 33 anos depois de o ex-chefe do Executivo ter sofrido um processo de impeachment por um esquema de tráfico de influência durante o seu governo, e de corrupção em reformas na casa da família em Brasília.
A denúncia acusava Collor de ter recebido uma propina de R$ 20 milhões para favorecer a UTC Engenharia em contratos com a BR Distribuidora (hoje Vibra Energia), subsidiária da Petrobras. Além disso, o ex-presidente teria influenciado as indicações à diretoria da distribuidora de combustíveis. Os pagamentos foram feitos de 2010 a 2014.
Esse texto receberá mais informações em breve.
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