Harvard nunca duvidou das exigências do governo Trump, apesar dos “exageros”
Publicado em 19/04/2025 · Categoria: Economia

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A Universidade de Harvard disse que não tinha motivos para duvidar da seriedade ou da autenticidade de uma carta que recebeu do governo do presidente Donald Trump neste mês, apesar de conter exigências que eram “assombrosas em seu alcance”.
Além disso, mesmo que tenha sido enviado por engano, como relatado pelo New York Times, a administração apenas intensificou seu ataque à universidade por meio de uma série de ações que prejudicam estudantes, pacientes e a posição do ensino superior, alertou um porta-voz da universidade.
“A carta que Harvard recebeu na sexta-feira, 11 de abril, foi assinada por três autoridades federais, colocada em papel timbrado oficial e enviada da caixa de entrada de e-mail de um alto funcionário federal em 11 de abril, conforme prometido”, disse um porta-voz da universidade.
“Os destinatários de tal correspondência do governo dos EUA — mesmo contendo demandas abrangentes e surpreendentemente exageradas — não questionam sua autenticidade ou seriedade.”

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O New York Times, citando pessoas com conhecimento do assunto, noticiou que a carta foi enviada por Sean Keveney, conselheiro geral interino do Departamento de Saúde e Serviços Humanos, que também é membro da força-tarefa antissemitismo do governo.
Citando autoridades não identificadas, o New York Times escreveu que algumas pessoas na Casa Branca acharam que ela poderia ter sido enviada prematuramente, enquanto outras sugeriram que ela deveria ter sido distribuída entre a força-tarefa.
Um comunicado da força-tarefa neste sábado (19) não comentou diretamente a carta.
“A força-tarefa e todo o governo Trump estão empenhados em garantir que as entidades que recebem o dinheiro dos contribuintes cumpram todas as leis de direitos civis. Harvard precisa assumir as questões problemáticas em seu campus e implementar mudanças abrangentes e duradouras para proteger todos os alunos, professores e funcionários da discriminação.”
Independentemente de a carta ter sido enviada erroneamente, ela desencadeou uma série de eventos que levaram a uma batalha notável entre a administração e a universidade mais antiga e rica dos EUA.
Depois que o presidente de Harvard, Alan Garber, disse que a universidade não “abriria mão” de sua independência, o governo congelou mais de US$ 2,2 bilhões em bolsas federais. O presidente Donald Trump questionou o status de isenção fiscal da universidade e sua secretária-chefe de Estado, Kristi Noem, ameaçou impedir a escola de matricular alunos estrangeiros.
“Mesmo supondo que o governo agora queira retirar sua ladainha de exigências incrivelmente intrusivas, parece ter reforçado essas exigências por meio de ações nos últimos dias”, disse o porta-voz de Harvard. “Ações falam mais alto que palavras.”
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