Irã e EUA retomam negociações nucleares em Roma com mediação de Omã
Publicado em 19/04/2025 · Categoria: Economia

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O Irã e os Estados Unidos iniciaram uma segunda rodada de negociações em Roma, com objetivo de avançar em um possível acordo sobre o programa nuclear iraniano. As conversas, mediadas por Omã, ocorrem de forma indireta — com as delegações em salas separadas — e são lideradas pelo ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, e pelo enviado especial dos EUA, Steve Witkoff.
Os encontros acontecem após uma primeira rodada realizada em Mascate, capital de Omã, e têm como pano de fundo uma crescente tensão no Oriente Médio, agravada pela guerra entre Israel e Hamas, e pelos recentes ataques aéreos dos EUA contra rebeldes houthis no Iêmen. O risco de um confronto militar direto envolvendo o programa nuclear iraniano é uma das preocupações centrais das potências envolvidas.
De acordo com a Bloomberg, o Irã tem buscado garantir que seu programa nuclear mantenha caráter pacífico, enquanto os EUA exigem o fim do enriquecimento de urânio em níveis considerados críticos. Em uma mudança de postura, Witkoff chegou a afirmar que o Irã poderia manter o enriquecimento para fins civis, mas recuou horas depois, exigindo seu desmantelamento — o que gerou críticas de Teerã.

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Segundo a CNBC, as negociações foram realizadas na Embaixada de Omã em Roma, durante o fim de semana da Páscoa. Witkoff e Araghchi já haviam realizado viagens diplomáticas nos dias anteriores: o americano esteve em Paris para discutir a guerra na Ucrânia, enquanto o iraniano visitou Moscou e se encontrou com o presidente Vladimir Putin, sinalizando o possível envolvimento da Rússia em um eventual novo acordo.
A retomada das conversas é considerada histórica, diante de décadas de antagonismo entre os dois países, especialmente após a saída dos EUA do acordo nuclear de 2015 durante o governo Trump. A possibilidade de um novo entendimento reacendeu expectativas econômicas no Irã: o rial iraniano, que havia atingido níveis históricos de desvalorização, passou a se recuperar com o avanço das negociações.
Rafael Grossi, diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), esteve em Roma no mesmo período e se reuniu com autoridades italianas e iranianas. A AIEA deverá ter papel central na eventual verificação do cumprimento de um novo acordo. A Itália, tradicional mediadora no Oriente Médio, se colocou à disposição para apoiar a continuidade das negociações, inclusive em níveis técnicos.
Apesar do tom diplomático adotado por ambas as partes, analistas apontam entraves significativos à frente, como a exigência iraniana de não abrir mão de seu programa de enriquecimento e a pressão internacional para impedir qualquer avanço rumo à fabricação de armas nucleares. Como afirmou um alto conselheiro iraniano, “o Irã veio em busca de um acordo equilibrado, não de uma rendição”.
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